sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Para o amor que vai chegar



Já pensei em ter encontrado o amor em muitas pessoas, me joguei em histórias porque realmente acreditei que poderia dar certo. As pessoas foram e deixaram um punhado de cicatrizes. Essas cicatrizes não foram provocadas por elas e sim pelas minhas próprias expectativas.

Talvez eu não estivesse preparada, ou talvez o amor não seja pra mim, talvez me falte aptidão, amar às vezes me soa como um sonho que escolheu continuar sendo sonho e nada mais.

Não falo desses sentimentos com ninguém e agora estou falando para uma pessoa que ainda não existe, talvez você esteja em um sonho distante, enfim, talvez seja só mais uma carta em uma garrafa que irá vagar sem destino, até submergir no tempo.

A esperança é uma maneira poética de envelhecer.

As pessoas não sabem como eu me sinto, todos gostam de dizer que são únicos, mas eles não sabem o quão difícil é não se encaixar, é difícil tentar explicar que eu não sou como outras pessoas, pensar diferente é outra maneira de assumir que sou uma solitária. Eu me sinto estranha, mas sei quem eu sou.

E essa solidão que eu sinto sabe doer. Esse pressentimento que talvez o meu destino seja ficar sozinha.

Essa não foi uma carta das mais felizes, mas talvez você queira dividir a minha tristeza.

P.S Desculpe pelo choro e pelo soluço são duas coisas que eu não aprendi a controlar. Mas você não sabe como é esse sentimento. Meu Deus! Estou escutando a mesma música há duas horas.


(Mas é outro texto que poderia ter sido escrito por mim...)

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