Hoje eu me deixei levar...
Chegando da academia liguei o som nas alturas. Sim, não tinha ninguém em casa... Fazia tanto tempo que eu não fazia isso...!! Tanto, tanto, tanto... que não lembrava quando foi a ultima vez. Dai me lembrei de todas as vezes que, na infância/adolescência, fazia isso. Ligava o som e simplesmente dançava. Deixava levar... Eu tinha disso. E por algum motivo, sem eu nem mesmo perceber, um dia perdi. Por que? Eu me pergunto... Mas não me importei, não queria fazer perguntas... Ora, a música tava rolando! Tutz, tutz, tutz! Me deixei levar... e os problemas se foram, as dúvidas se foram, o estresse se foi... Eu só sabia dançar.. Só sabia imaginar as festas que há anos não vou... Porque? Deixei mais uma vez pra lá...
Liberdade. Música. Dança. É tão bom! Como eu esqueci disso?
Como eu permiti me perder assim? Como eu permiti perder essa parte de mim? Eu sempre amei dançar! Porque foi mesmo que parei? Dai a gente começa a nos contar mentiras.. a nos iludir.. Deixar pra lá.. Dizer isso e aquilo.. Foi o dia-dia agitado, foram os estudos, o trabalho, aquele alguém... Mas isso, se aconteceu, foi porque eu permiti.. e não deveria. Afinal, essa era eu... Essa sou eu e minha liberdade. Minha essência. Minha verdade.
Então, como todo mundo me disse, o tempo é o maior remédio pra alma que chora. Sim, com ele a gente começa a enxergar mais claramente coisas que antes não eram perceptíveis. E começa a se sentir bem, começa a ser você de novo... Começa a viver uma vida novamente. Começa a enxergar novas estradas, novos caminhos, novos rumos... Só não digo que começa a sonhar novamente porque eu percebi que, provavelmente, não me perdi tanto assim... Pois meus sonhos, esses eu nunca perdi.
E a gente começa a perceber que aquelas mentiras, aquilo que a gente insistia que era verdade, na realidade, era realmente verdade. "Às vezes a mentira do mentir pra si mesmo se torna nossa maior verdade."
E como naquela música, que já acabou, houve uma mistura de vários ritmos.. O texto não foi diferente. Há quem entenda essa mistura. Deixa-me levar...
E olha que eu nunca fui fã de eletrônica. (y) Mas me deixei levar... ;)
Um comentário:
Deixares que algo libertador te conduza para a vida é como dar a mão ao mais hábil bailarino, ouvir a mais irresistível melodia, estar no mais agradável dos lugares, e dançar. Ser liberto é belo. Bellissimo. Tocaste-me com os tutz, tutz, tutz (che bello, piccola!) És muito bela no que escreves. Beijosssss
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