sábado, 27 de março de 2010

A felicidade de um presente.


Quando o dia começa não tão bem, tem 5 horas de aula em pleno sábado, e volta pra casa num ônibus lotado depois que este demorou 40 minutos pra passar, você pensa que não vai ganhar nada produtivo deste dia, que não aprenderá nada. Mas isso pode não ser verdade...

Ao conseguir sentar no ônibus (finalmente) e este ficar quase vazio percebo nas pessoas ao meu redor, e me deparo com um homem segurando balões amarelos, nos bolsos, pirulitos e juntamente com os balões um dvd de um filme infantil. Simples, só isso nas mãos. E continuo a olhar, é... ele é pai. E está levando SÓ isso para a filha. Mas pensei... Imagina a felicidade dessa criança assim que o pai chegar em casa com APENAS isso nas mãos... Pra ela, não será APENAS isso, e sim TUDO isso. Com o sorriso no rosto, gritos histéricos de "Mãe, Mãe, olha o que papai trouxe pra mim!!!", um forte abraço no pai e corre pra o dvd pra assitir ao filme, claro, com um pirulito na boca e um balão envolvido num abraço. O que ficou na cabeça foi a imagem do sorriso, o sorriso de uma criança que só pode receber isso, mas fica feliz com o que tem, com a surpresa, o carinho, a consideração, o AMOR. Os sentimentos e presentes mais importantes que alguém pode receber.

Imaginando o sorriso da criança já fiz até um discurso pra minha filha (quando tiver):
No dia de seu aniversário, uma rosa de presente, surpresa. E falar: "Filha, aprenda que em sua vida o que importa não é o preço do presente, não, o preço na realidade não vai valer de nada, o que vale é se você souber o que este presente significa, com que ele foi cercado, se for com amor, consideração, será o presente mais caro do mundo, porque isso ninguém compra. A surpresa e a simplicidade do presente valerá mais do que qualquer coisa, se foi dado com a consideração e a vontade de te fazer feliz. Esse é o segredo, te fazer feliz."
E depois quando ela tiver saido de perto segurando sorridentemente a rosa, linda e cheirosa, em cima de sua cama estará o presente que ela tanto pediu... É ... pelo que eu sei da maternidade, eu não irei resistir.


Ah... mas isso é num futuro, muito distante, Só Deus sabe... Mas não custa nada pensar e aprender com a vida pra poder ensinar a alguém no futuro.


Ps. No final da história, a filha tava no ônibus com a mãe em outro banco, o pai só estava carregando as coisas que a filha já tinha ganhado. Mas... a história vale, porque o sorriso da menina era o mesmo que estava na minha imaginação, e eu não precisei mais imaginar, era real.


domingo, 7 de março de 2010

Amado - Vanessa da Mata

"Como pode ser gostar de alguém

E esse tal alguém não ser seu

[...]


Peço tanto a Deus

Para lhe esquecer

Mas só de pedir me lembro

[...]

Meus melhores beijos serão seus..."

Há saudade.


Quando disse que estava bom é porque estava mesmo, tudo o que eu sentia, tudo o que ele me fez sentir, aquele sentimento... Era algo bom, algo real, algo que senti e gostei.
Eu disse que não queria esquecer, quer dizer, disse que queria esquecer, mas agora acho que preferia que não tivesse esquecido, porque ao esquecer me vi triste novamente, me vi fraca, incoerente. É sinal de que esqueci, não ele, mas o sentimento. E agora tento me enganar (ou não) colocando outras pessoas no lugar, mas não sei se é real, porque NADA é real. O que sinto agora, não pode ser real, não pode. Como pode gostar assim? Como pode AMAR assim? Não tem como... Ele está tão longe... mas o sentimento está tão perto.. tão.. real... E nada está coerente. Tudo está tão confuso. Não sei mais, se é esse o sentimento que eu sempre esperei, ou era aquele o sentimento e que agora se foi. Não sei, não sei, não sei. Há muita incongruência, muita confusão, muito espaço aberto, muitas feridas, muitas saudades...

Isso eu sei... há muitas saudades.........

E isso dói.