domingo, 9 de outubro de 2016

"São tempos difíceis para os sonhadores..."



"São tempos difíceis para os sonhadores..." 

Essa frase nunca ficou tão evidente como nesses últimos dias... Eu preciso desabafar. Eu vou desabafar...
Enquanto não tivermos os exames básicos e necessários para diagnóstico eficiente das doenças de nossos pacientes, enquanto não tivermos a medicação básica e essencial para nossos doentes, enquanto a medicina for tratada de modo empírico e, infelizmente, muitas vezes paliativas, são as PESSOAS que vão sofrer. São HOMENS, são MULHERES, são IDOSOS, são CRIANÇAS, são HUMANOS.
Me entristece demais o fato de estarmos estagiando em um hospital renomado, com excelentes profissionais, excelentes professores, excelentes pesquisadores... mas que não podem exercer o que foram ensinados, não podem exercer - em sua integridade - o que ensinam... por falta de TUDO. Estrutura, medicamentos, exames complementares...
Os profissionais estão estressados, decepcionados, desmotivados, sem forças... Nos perdoem, tentamos fazer e dar o nosso melhor, mas é realmente TÃO difícil sobreviver sorrindo à tudo isso...
Que Deus nos dê forças para aguentarmos esse dia-dia tão carregado de dificuldades, o dia-dia que queremos fazer o nosso melhor pros nossos pacientes mas não temos nada, só nossa dedicação e força de vontade. Que Deus ilumine as famílias de nossos pacientes que estão falecendo nos hospitais em meio a todo esse caos. Que Deus ilumine os profissionais da saúde como um todo, que nos dê forças sempre para sobreviver e continuarmos sorrindo... e sonhando com dias melhores.

Mirella Cristina


sexta-feira, 7 de outubro de 2016

"Esses dias eu queria ser feliz. Mas, diferente de muitos, eu queria ser ingênuo com a minha felicidade. Queria acreditar que ela é só isso mesmo. E ponto. Esquecer um pouco o dinheiro e os amores, as contas e os maus humores. Ficar ali conversando e, sem pensar, me sentir compreendido e sereno. Mas compreendido de uma maneira que não me faltasse vontade nem coragem de abraço e beijo. De sentar e chorar o que me dói. De rir do que me alegra, mesmo quando o riso for besta. E saber que ali existe amor e calmaria, verdade e simplicidade."

Frederico Elboni